sábado, 31 de outubro de 2009

Mundo Acabando


Todos os dias vejo a rua
Vejo as pessoas chingando, falando
Os carros, a poeira, a poluição
Na selva de pedras destruindo a visão


Nossa mata-atlântica virou condomínio
Nossos rios viraram depósito de lixo
E nossas crianças estão à beira do abismo


O trânsito um caos, stress ao extremo
Vizinhos se matando sem mais nem menos
Eu ando nas ruas não vejo alegria
Eu apenas queria uma sala vazia


Mendigos dormindo, bebendo, fumando
E um grande empresário com carro do ano
Enquanto ele tem sua empresa, que constrói prédio e destrói a natureza
Quem dorme nas ruas só sente tristeza


Nas ruas fumaça matando
Camada de ozônio está acabando
O verde e as matas estão acabando
E a selva de pedras está reinando


Eu digo adeus já vou me enterrando
Não quero ficar quando tudo acabar
Pois o meu coração já está se quebrando
E eu sigo chorando como um velho mundano



Autor: Marco Antônio Figueiredo de Miranda
Vulgo: Marckinho’s From Hell

sábado, 24 de outubro de 2009

Sarau no bar do Sidney


Fala, galera que acompanha o blog. Hoje uma postagem extraordinária sobre o sarau que rolou ontem no bar do Sidney (me desculpem, mas não sei a grafia correta do nome). O sarau, organizado pelo Slash, visa levar o Sarau da Cultura, que acontece no Liceu, para as ruas de Taboão com mais liberdade e agregando mais pessoas. O local escolhido foi o bar do Sidney, que cedeu o espaço para que o pessoal pudesse fazer a sua arte. Além disso, teve a comemoração do aniversário do Marquinhos (à esquerda na foto, ao lado de Sidney e Slash), grande parceiro e colaborador do Cultureira. O intuito é que aconteça um sarau desses todas as semanas, no mesmo local, que fica na Rua Levi de Souza e Silva, tradicional rua da noite taboanense, ao lado do Cemur. Em breve mais informações aqui no blog.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Fábio Sarjeta fala do Sub Fest


Choveu pra caralho no dia do Sub Fest, mas foi do caralho. Amigos se revendo, bebendo, pedindo fiado... mas vamos deixar esta parte negativa de lado rsrsrs...

Primeira banda foi Naftaleno, tocaram como sempre, muito bem, foi foda o som dos caras. A segunda foi Atentado, arrepiaram, meu, muita disposição e energia no som. A terceira foi Juventude Maldita, Demente e compania fizeram um puta show, mensagens anarquistas positivas, ótimos arranjos e um repertório fudido. A quarta banda foi Excomungados, fizeram um dos melhores shows de sua história, que tem 27 anos. Muito tempo não tocava na região, e foi a banda que a galera mais agitou. Faltou Menstruação Anárquica e Sarjeta, que não tocaram, frustando a maioria das pessoas que esperavam anciosas para vê-los... Com certeza eram as duas bandas mais aguardadas do festival, mas uma confusão impediu que se apresentassem.

Obrigado a todos que compareceram!

Agradecimentos ao Hamilton dono do Bilhar, ao Rodolfo do Enter Furians, ao Roberto Morcego, ao PP do Atentado, ao Carlos Albatróz do Antes de Ninguém, ao Bruno Taturana e pela preciosa ajuda na divulgação de Macarrão do Menstruação Anárquica, Índio/Vega/Jonas do Atentado, Bones da Sub Punk, Programa Ação Comunitária da Just Tv (TVA) e a Dayane que cola com o Sarjeta. Até o Sub Fest 2!




Fábio Sarjeta

Dicas de rolê

Olá, Cultureira!
Cultura brasileira, mais especificamente de Taboão de nossa Serra e região!
Eu estava andando perto da praça Nicola Vivilechio e me lembrei que pegava vários livros na Biblioteca Municipal ali perto (até perder minha carterinha!). Gostei muito de um livro, A hora da estrela de Clarice Lispector, muito bom. Tem uma peça dela em cartaz, A mulher que matou os peixes, voltado pra criançada, uma delicada história de amor aos animais.
Já que estamos falando em peças teatrais, também tem outra em cartaz muito boa, História de muitos amores, combinação de sentimentos de amor de pessoas por pessoas, de pessoas pelo circo (onde ocorre a história) e do artista pela arte.
Por enquanto é só nas minhas dicas. Fico por aqui, mas volto logo! Beijos!

Mais informações:
"A mulher que matou os peixes" - De 5/10 a 01/11 (teatro infantil)
Onde: Centro Cultural São Paulo – Sala Paulo Emilio Salles Gomes (100 lugares)
Endereço: Rua Vergueiro, 1.000 – Paraiso – São Paulo/SP [Metrô Vergueiro]
Acessibilidade: Acesso Universal
Entrada: R$ 10,00.
Preço popular: dia 12/9 R$2,30.
Dia: Sábados e Domingos
Horário: 16h
Temporada: de 5 de Setembro a 01 de Novembro
Gênero: Teatro de formas animadas
Tel.: (11) 3397-4055
"História de muitos amores" - De 13/08 a 29/11
Onde: Teatro do Sesi
Endereço: Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César
Entrada: Grátis
Dia: Quintas, sextas, sábados e domingos (10$ inteira, 5$ meia). Nos dias gratuitos a distribuição dos ingressos tem início a partir da abertura da bilheteria do mesmo dia do evento.
Horário: Quintas a sábado às 20h e aos domingos às 19h.
Eliane Cardoso

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Entrevista com o músico Geraldo Magela


No dia 3 de outubro, em um ensolarado domingo, a equipe do Cultureira esteve no Pq. Marabá, bairro de Taboão da Serra, para conferir um ensaio e trocar idéias com Geraldo Magela e seu grupo de resgate de cultura popular brasileira, o Candearte. As fotos do ensaio podem ser conferidas no álbum do Cultureira, e nos slides ao lado. A seguir, o papo entre nosso entrevistador Slash e Geraldo Magela:

Cultureira (Slash): Bom, estamos aqui em mais uma entrevista para o blog Cultureira, com Geraldo Magela, criador e fundador do grupo Candearte. Magela, como se deu a idéia de fazer esse projeto?
Magela: A idéia vem da experiência de trabalhar com cultura popular e chamar uns camaradas aí pra montar o grupo candearte.

C: Quantos integrantes tem o grupo hoje?
M: Uns quinze integrantes.
C: Entre dançarinos e músicos, né? Estamos tentando ser músicos também (risos), inclusive eu.

C: Qual o seu objetivo com esse resgate de cultura popular?
M:
O objetivo é não deixar morrer as nossas raízes, nossas tradições. O Candearte veio pra dizer isso, “candear a arte”, é um carro de boi cheio de arte que tá por aí, patinando, mas que a gente vai levando até o fim para que nossa cultura não acabe.

C: Quais são as maiores dificuldades de fazer esse tipo de trabalho, numa cidade como Taboão da Serra, por exemplo?
M: Eu acho que dificuldade tem em qualquer lugar. Quando se trata de cultura popular, qualquer lugar você vai ter dificuldade. Mas aí depende da garra de cada um de nós, gostar daquilo que faz.

C: O Candearte tem algum apoio de alguma empresa, prefeitura, ou algum órgão publico?
M: Não, nós somos totalmente independentes. Aceitamos ajuda, mas não temos ainda.

C: Você fez um desfile no carnaval do ano passado, qual foi a sensação?
M: A aceitação foi muito boa, do público. E a sensação da gente foi fazer o cortejo de rua. Acho que o carnaval foi o cortejo com mais pessoas, com mais público. Então foi aquilo que a gente faz sempre, no dia-a-dia. O Candearte é um grupo de desfile de rua mesmo.

C: Vocês conseguem apresentações que paguem um cachê pra manter isso, ou vocês mantem na raça mesmo?
M: A gente mantém na raça mesmo, gosta daquilo que faz. Fazendo com o que tem, tirando do bolso as vezes pra fazer acontecer, pra que não acabe, né.

C: Você é muito ocupado com a questão do Candearte e esquece um pouco a carreira solo. Você pretende retomar sua carreira?
M:
Com certeza, assim que o Candearte estiver andando sozinho, com as próprias pernas, eu vou voltar a assumir minha carreira e ver se eu consigo conciliar as duas coisas.

C: Só pra encerrar, gostaria de agradecer o Geraldo Magela aqui pela entrevista ao nosso blog Cultureira, muito obrigado e no que precisar da gente pra divulgar a arte, pode contar conosco.
M:
Obrigado vocês. Agradeço a presença de vocês, nesse sol aqui, fazendo as fotos do Candearte, muito obrigado.

Mais informações sobre o Candearte:

Casa de Cultura CANDEARTE:
Rua: Lauro da Silva, 46 – Pq. Marabá – Taboão da Serra.
TEL: 47877784
Cel.: 94361981
Falar com Geraldo Magela
E-mail: geraldomageladobrasil@hotmail.com
www.grupocandearte.blogspot.com